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terça-feira, 6 de julho de 2010

As vezes, só de vez em quando mesmo, me recordo dos dias que foram bons. Sabe? Dias de felicidade reconhecida. Não que eu não tenha bons dias hoje, mas é diferente. Antes havia a novidade, a entrega, o espanto diante de coisas que hoje já não sei valorizar.
Quando, eventualmente, assim, sem querer, me deparo com as fotografias de uma época tão recente, me sinto como se olhasse um álbum dos anos 60, repletos daquelas fotos, onde não se entende o conteúdo delas, mas que não há dúvidas quando a sinceridade estampada em cada uma delas.
Não sei, os tempos mudam, tenho que me habituar com isso. Me pergunto qual a parcela de mim que mudou.
Olha para os lados e não vejo nada que antes me rodeava, é estranho9, é vazio. Agora, devido uma série de acontecimentos, desmereço, em sua maioria, os dias desse passado tão próximo, mas como já disse, quando sem querer, olho algumas daquelas fotos, o eu que lá está estampado se recusa a aceitar a verdade dos fatos.
Acabou.
Tudo são fases, e apenas espero, que possa ter a oportunidade de viver dias tão bons quanto eu vivi, e que depois, quando talvez tudo se acabar novamente, eu não venha rancorosamente querer destruir o que passou.
Mas o dia de amanhã ainda não cabe a mim decidir, e dos que se passaram, apesar de racionalmente me renegar a aceitá-los, sei que uma coisa mole e idiota que eu tenho em algum lugar que ainda hei de descobrir onde pára destruir, nunca me permitirá esquece-los.
Quem sabe dessa vez, não consigo dar adeus?

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